Você já conhece o transtorno depressivo persistente? Essa condição que afeta a saúde mental também é chamada distimia. Nesse sentido, trata-se de um transtorno afetivo ou de humor.
Além disso, outros nomes usados para se referir a essa doença incluem depressão de ansiedade persistente, transtorno de personalidade depressiva, depressão neurótica e neurose depressiva.
A principal característica da distimia é que ela é considerada uma depressão crônica, isto é, seus sintomas persistem por muito tempo, geralmente, pelo menos por dois anos.
Uma particularidade desse transtorno é que ele se manifesta com menos sintomas físicos e mentais em comparação com o transtorno depressivo maior.
Quer entender melhor sobre a distimia? Então, acompanhe os próximos tópicos!
Detalhes sobre a distimia
Na maioria dos registros médicos, a distimia começa ainda no início da idade adulta. Assim, como apontamos, pode durar anos e até mesmo décadas. Diante disso, um fator interessante sobre esse transtorno é que em boa parte dos casos em que ele começa tarde na vida da pessoa, tem alguma ligação com um estresse intenso ou luto.
Algumas pesquisas sobre o transtorno depressivo persistente indicam que as mulheres correm cerca de duas vezes mais riscos de ter a doença.
Principais sintomas
Em primeiro lugar, a principal característica e a mais evidente da distimia é um estado de humor deprimido que tende a persistir durante a maior parte do dia. Ademais, essa situação ocorre na maioria dos dias.
Pirmeiramente, é importante ressaltar que nem sempre os sintomas se fazem presentes. Não é raro encontrar casos em que eles surgem e desaparecem ao longo do tempo. Além disso, a intensidade com que se manifestam também pode mudar. Contudo, dificilmente os sintomas desaparecem por um período superior a dois meses.
Outros sinais e sintomas que podem estar ligados a distimia incluem:
- sentimentos de desesperança;
- problemas para raciocinar e tomar decisões;
- dificuldades para se concentrar;
- sensação de que é incapaz;
- autocrítica persistente e baixa-autoestima;
- hipersonia ou insônia;
- desinteresse por atividades diárias;
- alterações no apetite, seja comendo demais ou perdendo a vontade de comer;
- diminuição da produtividade;
- sentimentos recorrentes de culpa;
- irritabilidade ou raiva;
- isolamento social.
Importante: quando a distimia se manifesta nas crianças, os sintomas primários e mais frequentes são o humor deprimido e a irritabilidade.
Prevenção e tratamentos
Em suma, as abordagens médicas para o tratamento e prevenção da distimia são parecidas com as da depressão. Ou seja, estamos falando de psicoterapia e medicamentos.
Muitas vezes, para tornar o tratamento mais eficaz o especialista pode optar por combinar algumas estratégias. Nesse sentido, vale destacar as abordagens mais frequentes:
- uso de medicamentos antidepressivos, a exemplo dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina;
- terapias de grupo;
- terapia interpessoal que se concentra nos problemas de relacionamento da pessoa com outras;
- terapia cognitivo-comportamental, para ajudar a pessoa a entender o que está acontecendo com ela, e como seus pensamentos interferem em seus sentimentos e comportamentos.
Assim como acontece com qualquer outro transtorno mental, lidar com a distimia nem sempre é uma tarefa fácil para o indivíduo que está sofrendo com ela. Contudo, quando existe o acompanhamento médico adequado, a dedicação do paciente e o apoio dos familiares e amigos, a pessoa consegue gerenciar sua condição de forma mais eficiente, garantindo uma melhor qualidade de vida.
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