A psicose é um quadro muito complexo de ser gerenciado, tanto para quem experimenta quanto para quem testemunha. Se você tem um familiar que já passou por um surto psicótico, é fundamental entender os diferentes tipos para estar mais apto a ajudá-lo no possível.
Tipos de psicose
Não existe um padrão ou sistema universal reconhecido para classificar as diferentes psicoses. No entanto, a medicina já conseguiu identificar várias condições e eventos que podem levar a um episódio psicótico.
Vale destacar que essa condição é considerada um sintoma primário da categoria de transtornos do espectro da esquizofrenia. Dito isso, entre as psicoses mais comuns temos:
Transtorno Psicótico Breve: esse transtorno surge quando os sintomas psicóticos aparecem de forma repentina e desaparecem rapidamente, geralmente, durando menos de um mês.
Essa psicose não tem relação com o abuso de substâncias ou outra doença mental. Normalmente, é provocada por uma angústia intensa, como devido à morte de um ente querido ou trauma.
Depressão: embora a depressão entre na categoria dos transtornos de humor, as formas graves da doença podem fazer com que a pessoa tenha sintomas psicóticos. Com isso, ela passa a ser chamada depressão psicótica.
Psicose induzida por substância: em alguns casos, a psicose pode ser induzia por algumas substâncias ou medicamentos. Aqui, podemos chamar atenção para álcool, cocaína e metanfetamina.
Os medicamentos prescritos, a exemplo dos sedativos e ansiolíticos, entre outros, podem ocasionar um episódio de psicose. Por outro lado, existem casos em que a retirada do medicamento é o fator causador do problema.
Transtorno esquizofreniforme: esse transtorno apresenta caraterísticas bastante particulares. Por exemplo, ele compartilha os mesmos sintomas percebidos na esquizofrenia por pelo menos 30 dias. Contudo, não persiste por mais de 6 meses. Caso os sintomas persistam por mais tempo, pode ser um sinal de que a pessoa está sofrendo de algum outro distúrbio mental.
Psicose orgânica: também conhecida como psicose secundária, esse tipo ocorre quando há alguma alteração na função cerebral. Por exemplo, derrame, condições neurodegenerativas e traumatismo crânio-encefálico.
Sinais e sintomas de alerta
Em alguns casos, é possível que a pessoa apresente alguns sinais e sintomas que podem servir de alerta. Por isso, estar atento a eles pode ajudar a reduzir os riscos de um episódio de psicose:
- emoções fortes ou falta de emoções;
- declínio repentino em relação ao autocuidado e até a higiene própria;
- quedas nas notas escolares ou no desempenho no trabalho;
- maior isolamento;
- dificuldade para se concentrar;
- suspeita ou desconfiança dos outros;
- crenças, ideias e pensamentos incomuns e na contraditórios ao que a maioria acredita — por exemplo, achar que tem alguma habilidade sobrenatural.
Em suma, entender os principais aspectos da psicose exige compreensão. Contudo, quanto mais se aprende sobre, melhor para o indivíduo que experimenta a condição ou para quem está próximo e apenas deseja saber como poder ajudar.
Por fim, quando o diagnóstico de psicose é feito de forma precisa e a pessoa recebe apoio familiar e tratamento adequado, ela consegue gerenciar melhor os sintomas, sendo que mesmo tendo um transtorno mental grave subjacente pode melhorar sua qualidade de vida.
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